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Restaure e cultive a sua saúde mental usando redes sociais não comerciais



Junho de 2025. Já são bem conhecidos, neste momento, os bizarros efeitos das redes sociais comerciais sobre a saúde mental de seus usuários.

Em resumo:

  1. O ônus pessoal de ter a sua visão de mundo distorcida em bolhas algorítmicas de desinformação e fake news (atingindo fortemente os campos da política, da saúde pública e também seus relacionamentos);
  2. O estresse de poder cair, a qualquer momento, em golpes financeiros diversos (inclusive a partir de plataformas de namoro);
  3. A frustração de ver minguando a sua capacidade de concentração e seu rendimento nos estudos e/ou no trabalho;
  4. Sentimentos de ansiedade, distúrbios do sono e depressão;
  5. A constante percepção do seu tempo pessoal desperdiçado na rolagem infinita dos feeds e na sequência de vídeos curtos;
  6. A apatia, a falta de interesse pelas suas timelines, cujos algoritmos deixaram de mostrar os posts das pessoas queridas e passaram a privilegiar os posts das “marcas” (empresas);
  7. A irritação em ver o desfile incessante de bizarros influencers no vale-tudo da monetização;
  8. Transtornos alimentares e distúrbios relacionados à percepção do corpo (especialmente se você é uma jovem adolescente);
  9. O burnout do testemunho incessante das práticas extravagantes de exibicionismo on-line;
  10. A experiência distanciada e fragmentada de ficar vendo “microposts” que são apenas frases de efeito, tentativas de “lacrar” e viralizar.

Agora, e se eu te disser que você pode ter uma experiência on-line saudável, gratificante e enriquecedora usando redes sociais não comerciais?

Isso mesmo! Pois estas redes…

  1. Não têm algoritmos para te capturar e manter em bolhas de desinformação (ou radicalização);
  2. São muito menos visadas por golpistas – e te oferecem muito mais recursos para você se proteger deles;
  3. Não têm propaganda, nem posts “impulsionados”, nem um design da interface com estratégias para capturar a sua atenção – então, a sua capacidade de concentração não é afetada;
  4. Não provocam sentimentos de ansiedade, uma vez que não são programadas e construídas para te viciar;
  5. Não sequestram o seu tempo e sua atenção; elas não têm propagandas, não estão te vendendo nada, então, não querem que você fique o tempo todo lá;
  6. Te mostram todos os posts de seus amigos, e em ordem cronológica – não há posts de “marcas”. Você está no controle da sua timeline e define o que vê!
  7. Não têm influencers, pois as “marcas” não podem fazer propaganda por lá;
  8. Não têm vídeos virais mostrando comportamentos de distúrbios alimentares ou outros comportamentos nocivos; vídeos são compartilhados apenas de forma orgânica: não há algoritmos fazendo isso.
  9. Não recompensam o exibicionismo (não há algoritmos impulsionando isso), e os participantes da rede (não usuários) geralmente não estão interessados nisso.
  10. Oferecem encontros genuínos e conversas de verdade, não atravessadas por interesses comerciais ou estratégias de visibilidade.

Assim, com estas características, as redes sociais não comerciais te devolvem o controle e a autonomia da sua experiência social on-line e te livram de abusos e sofrimento psíquico de diversos tipos.

Para prosseguir nesta jornada de descoberta, leia o texto Hubzilla – uma rede social não comercial. Lá, além de conhecer esta rede social, você se informará sobre como abrir uma conta – e… você verá que existe mesmo a possibilidade de você gerenciar um dos muitos sites desta rede social! – para o seu uso próprio e de seus amigos.

Depois deste, recomendamos a leitura do texto Redes sociais não comerciais – características, heterogeneidade e ameaças – ele traz um panorama mais aprofundado sobre o contexto das redes sociais não comerciais.

(Caso você tenha conhecimentos técnicos sobre computadores e Internet, leia também os textos sobre as redes sociais não comerciais (streams) e Forte).

Bem-vindo(a) a um campo de experiência social online que respeita, preserva e contribui para a sua saúde mental!


Junho, 2025 Atualizado em: 01 jun 2025.

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